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Pro interior da Holanda, vamos trabalhar. (04/10/10)

Na manhã de segunda-feira, alugamos um carro em Amsterdam e seguimos nosso caminho. O dia estava claro e havia poucas nuvens no céu, a temperatura estava amena, por volta de 15ºC. Nosso primeiro destino foi o vilarejo de Olburgen, com 300 habitantes, localizado na província de Gederlands, a 130km de Amsterdam. Até a propriedade do Sr. Thod. Zantboer, Cappelogoedweg Texel Schapen. Detalhe, estou com chofer particular na Europa, Karina, minha habilitação está vencida, ela assumiu o volante. No caminho fomos conhecendo um pouco do interior do país. Como não conheciamos nada por aqui, claro que o carro tinha GPS, e aí começou a aventura. Colocamos o GPS, para falar português (de Portugal), com sotaque e tudo. Aí acho que foi o erro, pois imagino, que se ele fala, ele deve pensar como os povos do alentejo. Para achar o local que se indica o destino, foi terrivel, janelas, atalhos e nada como um simples botão "destino". Mas tudo bem achei o lugar coloquei o endereço, ainda estavamos em Amsterdam. Logo nos primeiros Km, pintou o medo, ele nos mandou entrar em um bairro só para dar uma volta de quarteirão e voltar a avenida principal. Pensei isso é arte do portuga, se ele já tá me guiando assim por aqui, imagina neste país a dentro. A situação só ficou mais preocupante quando ouvi um "saia pela saída". O que português?? E ele repetiu "saia pela saída". Saimos pela saída, entramos em uma cidadezinha ou vilarejo. Interessante na rota que fizemos da Holanda há poucas cidades grandes, a maioria são vilarejos e pequenas cidades separadas por pouquissimos kilometros. Até chegar a propriedade passamos por diversos destes, alguns separados por 3 km. Os vilarejos pequenos são encantadores as ruas estreitas e as casas com tijolo a vista, telhados altos altos e angulados, janelas de madeira e todas com belíssimos jardins floridos. Outra característica que chama a atenção é o relevo, o país é totalmente plano, só há subidas nos aterros de pontes e viadutos. A época também é muito propícia para se ver as belezas locais, os campos estão todos verdes e os jardins ainda floridos. Nessa época também se vê muitos animais soltos pelos campos. Predominante mente vacas da raça holandesa (Ahhh!!!) e ovelhas, muitas ovelhas em sua maioria Texel.  Antes de chegar ao vilarejo de Olburgen um rio em que a travessia é feita de balsa, muito rápido. O rio não é muito largo e a travessia demora uns dois minutos e custa dois euros. Chegamos a fazenda fomos recebidos pelos donos o Sr. e a Sra. Zantboer. Os cumprimentamos e logo percebemos uma leve desconfiança. Logo ele me confessou que estava um pouco temeroso com o sucesso de nossa visita, pois não falava muito bem o inglês, e esperava que estivesse um holandes junto que nos pudesse traduzir. Mas nos convidou para entrar, conversamos brevemente na cozinha de sua casa, ele nos contou que já esteve no Brasil e nos mostrou um album da viajem com fotos da central da Alta em Uberaba, onde ele esteve em 2008. Agora o gelo estava quebrado, ele já estava mais soltos e nós menos preocupados, fomos ver os animais. Vimos os reprodutores, os borregos jovens que naquela manhã ele os havia vendido para a Suiça, as matrizes, etc. Os animais são de excelnte qualidade, um pouco diferentes dos ovinos texel que temos no Brasil, eles são menores e com maior volume corporal. Mas chega de técnicas que isso aqui não é revista de ovelhas. Conversamos sobre seu criatório e como ele criava, enfim. Ali ele mesmo trabalha e faz todo o serviço do campo. Me disse, aqui eu não consigo contratar um funcionário é muito caro e além do mais se isso aqui (se referindo a fazenda) é meu, quem tem que trabalhar sou eu. Ele tem um carinho muito grande pelos animais, e nota-se que os animais também tem por eles. Alguns chegam muito proximos da gente como se fosse pedir um afago. Após andar pelos campos e ver praticamente todos os seus 65 animais (rebanho médio na Holanda), encerramos nossa visita e seguimos viajem. Pegamos o carro e seguimos até Groningem com 180 mil habitantes, a capital da província que leva seu nome é a maior cidade do norte do país. Chegamos ao hotel, um prédio com uma arquitetura antiga em sua faixada, mas que notadamente foi reformado recentemente pela modernidade dos seus móveis no interior dos quartos, um contraste que só a Europa é capaz de proporcionar.
Karina, durante a travessia do Rio Zwarte Schaar.

Karina e o belo carneiro Texel da propriedade.

Borregos de 1 ano e meio, vendidos para a Suiça.

Os pastos ficam dentro do vilarejo, vejam a proximidade das casas.

Edinho com o carneiro mais velho da fazenda 8 anos com corpinho de 3.

Karina com o dócil carneiro já idoso.

Entardecer nos campos holandeses.

Final do dia, pé na estrada.

2 comentários:

Unknown disse...

Oi Ká! Que lugar mais lindo,eu imagino o quanto vocês estão adorando,e as ovelhas é tudo o que vocês mais queriam ver.Tenho certeza que alguns contatos vai dar certo.
Estou aqui torcendo.Bejossss!

Edinho e Karina disse...

Oi mãe!!!Realmente é muito lindo, é dificil imaginar só pelas fotos.
Bjs

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