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Fazendo reuniões em Paris e passeio no final do dia. (12/10/10)

Mais um dia em Paris, na parte de manhã bem cedo começamos os trabalhos com uma reunião no Instituto de Pecuária da França, as reuniões duraram toda a manhã. Já tínhamos agendados para o final da tarde as passagens para Poitiers no interior do país. Portanto precisamos deixar o hotel no meio do dia pois seguiriamos viagem. Conseguimos deixar a maior parte das malas guardadas no hotel que entraremos na quinta feira. E como gostamos muito das bicicletas fomos dar um pequeno passeio por Paris a bordo do veículo. Neste dia os serviços públicos de Paris estavam todos paralisados pela grave geral, para ajustes nos planos de aposentadoria dos servidores. Pegamos as bicicletas e descemos pela Avenida do Maine, que chega a Estação de Montparnasse. Quando chegamos as proximidades do local avistamos uma multidão e as poucos fomos nos aproximando cada vez mais do mar de gente. O transito fechado, polícia, gente andando no meio da rua, a confusão estava armada. Mais gente descendo de onibus com bandeiras, balões, musica alta, gritos e palavras de ordem, distribuição de panfletos, camisas com frases trabalhistas (as que eu entendi, imagine as que não entendi). E o povo de braço cruzado. Cameras, reporteres, carros de transmissão, entrevistas. Virei para Karina e disse: Pronto!! Estamos no meio do protesto, só faltava alguém ver a gente no JN, em Paris de bicicleta, tocando a buzininha (triiiiim, triiiiiiim) e no meio da greve, coisa de louco. Segundo a polícia a participação foi de 1 milhão de pessoas nos protestos, já os organizadores falam em 3,5 milhões e eu não sei mas que era gente pra caramba, era. A multidão começava na estação de Montparnasse e se espalhava pelas adjacencias até se perder de vista. Com muito custo conseguimos nos desvencilhar do meio da multidão e irmos para o nosso primeiro destino. Bem tivemos que dar uma grande volta, pois o caminho que fariamos era o "olho do furacão". Chegou até a dar saudades da portuga da Holanda que calculava os caminhos para a gente, hoje foi na base do mapinha mesmo. E deu tudo certo, fizemos o que o governo da França não conseguiu, dar a volta no protesto. Nosso caminho passou ao lado do jardim de Luxembourgo, pelo bairro do Quartier Latin para chegarmos no morro Santa Genoveva, onde está o Pantheon.
Com seu portico de colunas em estilo corinto, o edificio erguido por Luis XV em homenagem a Santa Genoveva (Padroeira de Paris), após se recuperar de uma enfermidade, no final do século XVIII. Como é quase redundante nos monumentos de Paris, impressiona, sua grandeza e imponência. Construido em forma de Cruz Grega foi transformado em Panteão (orig. Grega: todos os deuses), durante a Revolução Francesa. O governo revolucionário o transformou no mausoléu para os heróis da patria. Na faixada lê-se, AUX GRANDS HOMMES LA PATRIE RECONNAISSANTE (Aos grandes homens o reconhecimento da pátria). Ali estão enterrados grandes franceses como Vitor Hugo, Voltaire, Renné Descartes, Emile Zola e muitos outros. Uma curiosidade em 2002, Alexandre Dumas o autor de "Os três mosqueteiros", falecido em 1870, teve seus restos mortais trazidos ao Pantheón e em sua lápide coberta pelo manto azul de mosqueteiro lê-se a celebre frase do conto: "Um por todos e todos por um". Há também um pêndulo suspenso desde a aboboda central, herança de um experimento de 1851, demonstrado pelo físico Léon Foucault, sobre a rotação da Terra. Supenso a 67 metros de altura a esfera de aço de 28 kg muda de direção a cada dia de acordo com o movimento do planeta.

Agora seguimos para a praça da Bastilha, outro ponto que ainda não haviamos visitado em Paris. Descemos as ruas do morro Santa Genoveva, sentido para cruzar o rio Sena e chegar a praça. Nos arredores da praça tudo vazio e impedido pela polícia, ali era o destino final da manifestação geral. O lado bom da história pudemos pedalar tranquilos sem nenhum carro. Mas andamos de pressa antes que a multidão chegasse. A praça ficou famosa pela sua invasão em 14 de julho de 1789, dando inicio a revolução francesa, evento que ficou conhecido como a queda da Bastilha. Ali se encontravam os presos que desobedeciam as ordens da coroa. A Bastilha foi totalmente destruida em dezembro de 1789. Agora ali se vê a coluna de julho, erguida em homenagem a revolução, em 1830. Continuamos e nosso proximo destino seria o jardim de la Touleries, no caminho passamos pela Catedral de Notre Dame, e fomos margeando o Sena até o parque. Ali descemos das bicicletas, e empurramos, não se pode pedalar no parque. Atravessamos os jardins a pé e pudemos sentir mais uma vez a tranquilidade do local, e centenas de pessoas curtindo o final de tarde de sol. Seguimos para a caminho da Champs Elysees, e pedalamos pela avenida mais famosa do mundo. Por ali deixamos as bicicletas e voltamos para pegar a mala e seguir viagem, isso se os trens não estivessem paralisados. Desde o dia anterior que fomos informados da paralisação não havia certeza de que conseguiriamos viajar. Mas na manhã algumas pessoas já me haviam dito que os TGV não param totalmente, eles diminuem o número de trens mas continuam fazendo os percursos. Detalhe o taxista não queria nos levar por conta da manifestação, mas o convencemos e ao chegarmos proximo a estação do Montparnasse, já não havia mais manisfestantes, a marcha já havia tomado o seu rumo. Chegamos a estação e o alívio o trem sairia sem problemas. Fizemos um lanche rápido e tomamos o trem para Poitiers, onde Joana D´Arc foi queimada. Chegamos ao hotel e fomos descansar pois amanhã teremos muito trabalho.
Desavisados no meio da greve.




Perdidos no mar de grevistas franceses.



Pantheón, mausoléu de grandes franceses.

A sala principal do Pantheón.

Na cripta onde jazem os franceses notáveis

A Coluna de Julho, em homenagem a revolução na Praça de Bastilha.

Praça da Bastilha, nós e nossa bike.

Rio Sena, o cenário encantador de Paris.
 



A tranquilidade e o clima agradável dos Jardins das Touleries

Jardim das Touleries, ao fundo a ala "Denon" do Louvre.

Champs-Elysees, a avenida mais famosa do mundo.

Karina na Champs (já estamos intimos).


Quem disse que o mundo tá em crise? Fila para gastar dinheiro?

4 comentários:

Dedi disse...

Ola viajantes!!Realmente so vcs mesmo!!Passear de bike em Paris!!È muito chique mesmo!!Passeio maravilhoso! Vai ficar na historia!!Bjs Tia Dédi´

Unknown disse...

Oi Karina e Edinho
Nada como ter saúde e ser jovem.Acho que vcs jamais vão esquecer esta viagem.Aprendemos muito com vcs.
Beijos Diô

Edinho e Karina disse...

Oi Tia Dedi....vc viu só como a gente é chique de bike!!!!Realmente essa viagem vai ficar na história. Saudades e até amanhã no Brasillllll

Edinho e Karina disse...

Oi Diô!!!Que bom que tem gostado!!
Bjss

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