1

De Van Gogh aos pescadores holandeses um mergulho nas raizes do país. (03/10/10)

Depois da primeira noite em Amsterdam, amanhecemos no domingo, boca de urna comendo solta no Brasil e por aqui, a gente saindo para o museu Van Gogh, um gênio, considerado louco e reconhecido após sua morte. Eu e Karina, preferimos ir a pé, mais cedo, passeando pelas estreitas ruas da cidade até chegar ao museu. Foram em torno de 10 quarteirões passo a passo. Logo atrás do hotel uma simpática feira de arte, na Rembrant Plein, onde os artistas locais expunham e vendiam suas obras de arte. Ao entrar nas ruelas foi possível se desligar de tudo e ficar imaginando como alguém pode pensar em uma cidade com ruas expremidas entre canais e casas, ao dar asas para os devaneios da imaginação, "triiiiiim, triiiiiim" olha a bicicleta, sai da frente, eles correm mesmo. Mas voltemos a nos concentrar no passeio, é possível ver os sinais do tempo nesse misto de asfalto, pedras e água. As centenárias casas ao redor dos canais nitidamente estão pendendo para algum dos lados. Na praça dos museus (Museum plein) um enorme espelho d´agua, ao redor contruções modernas e antigas dão o choque dos tempos, Museu do Diamante, Rijks Museum (museu de história e arte) e o museu Van Gogh. Considerado um dos maiores de todos os tempos, o pintor holandês, em vida, era considerado um fracassado pela sociedade em sua época. Ele não teve filhos, não conseguia se sustentar financeiramente e nem mesmo manter contato social. Os problemas mentais lhe causavam devaneios e por diversas vezes foi internado em sanatório, em uma de suas crises mentais ele se auto-mutilou, cortou uma de suas orelhas. Morreu pobre e sua genialidade somente foi reconhecida após seu suicídio aos 37 anos. O museu é belíssimo de arquitetura moderna e com o interior espaçoso e muito iluminado, com obras de artistas contemporâneos a ele, como Paul Gougin, Monet e muitos outros. As telas são belíssimas e parecem se comunicar com os nossos mundos e por elas podemos ver o mundo pelos os olhos de um gênio.
Fomos voltando para o hotel, eu e Karina, a pé novamente. Fizemos uma rápida parada na fabrica de diamantes ao lado do Museu. Ali havia belíssimas pedras sendo lapidadas por pessoas estremamente habilidosas que transforman uma pedra em uma jóia de valores inestímaveis. Vale e pena entrar e ver as pedras preciosas, especialmente o diamante com 211 lados, uma raridade.
Quando seguiamos para o hotel, passou em nossa frente uma bike-taxi. Não bastasse as magrelas que perambulam pelas ruas, há também taxis com pedais. Sem hesitar, lá fomos nós pro hotel de bike-taxi. O ciclista-taxista muito simpático e sorridente, só rangia os dentes quando acabava o embalo nas pequenas subidas do percurso. Muito divertido.   
Resolvemos no período da tarde pegar uma excursão e conhecermos alguns vilarejos ao redor de Amsterdam. Onibus cheio de turista dos diversos cantos do mundo guiados por um  italiano que falava em inglês, traduzia para o espanhol piada de americano, na Holanda e falava com sotaque Amsterrrrrrrdaaaaaaaammmm, imaginem que beleza e o nome da figura era Maximus, mas nem de perto parecia o personagem do Russel Crowe no filme Gladiador. Paramos em Zanse Schans, uma pequena vila muito fotogênica, sua maior atração são os 6 moinhos de vento que ainda funcionam. Há também um museu-fabrica dos famosos tamancos holandeses, em que se presencia a criação de um dos calçados em minutos, também aí é possível, comprar um par. Fomos então caminhar até os moinhos, a imagem reflete a tradição do país. Moinhos, cercados de muita água, belíssimas imagens. Visitamos um desses por dentro ele estava ativo moendo lascas de madeira, usadas para fabricar tintas. As engrenagens são gigantescas e de um complexo entrelaçar de dentes que permitem o seu funcionamento. As ovelhas pastando nos campos ao redor dos moinhos compunham com maestria o cenário. Entramos no onibus e fomos a nossa proxima parada, uma fazenda com laticínio. Entramos no local, segundo Maximus, umas das melhores queijarrrriiias da Holaaaaaaaaanda, Henry Willig.  Uma simpática senhora apresentou-nos o processo de preparo dos queijos, mais ninguém tava muito preocupado com isso. A gente queria era experimentar o produto. Queijos de leite de vaca, cabra e ovelha. Todos excelentes. O ponto alto foi saber que o queijo de cabra ali produzido já foi premiado como o melhor do mundo. O queijo de ovelha, também não fica para trás, fabuloso. Ninguém queria sair da volta deles para comer um pouco mais. O que nos surpreendeu que ao contrário de muitas excursões com visitas "pega turistas" em fabriquetas qualquer, essa nos levou em um lugar muito bom. Nosso destino agora era Volendam, as margens do lago Ijselmeer, o maior da Holanda. A gastronomia do local chama a atenção com diversas opções de frutos do mar servidos como petisco. Experimentamos o Paling, que é a enguia defumada, descoberta pela nossa guia gastronomica, Karina, que escafuncha a internet atrás dessas dicas. O Paling tem um sabor marcante, lembra o arenque, embora tenha um pouco mais de gordura.  Ainda comemos umas patinhas de caranguejo, camarões grandes e mexilhões, tudo isso acompanhado de cerveja holandesa. As iguarias todas foram aprovadas. De Volendam, tomamos um barco e atravessamos o lago, sentido Marken. A cidade onde o tempo esqueceu de passar, em principio uma minuscula peninsula, foi conectada ao continente em 1957. Passear pelas entranhas do vilarejo é agradabilissimos, praticamente não há ruas, há calçadas estreitas em que se caminha entre as casas e é possivel olhar dentro delas, comtemplar os jardins e a serenidade do local. De volta a Amsteerrrrrrrrdaaaaammmm, com nosso guia globalizado, descemos um pouco longe do hotel e fomos caminhando, no caminho lojas de souvenirs e ao passar ao pela vitrine do museu de cera, vimos a estátua do Barack Obama, e um cidadão que nos ouviu entoar o nome do presidente, logo disse: "Obama, Obama!! My president" . E não é que o gringo só queria conversar. Estranho, americano, animado, puxando papo e arrastando conversa em Amstersdam, não sei não. Mas por incrivel que pareça o papo foi bacana, o casal da Georgia estavam muito animados e estavam indo ver a Red Light district. Nosso caminho até o hotel, foi abastecido por algumas cervejas, de diversos tipos diferentes.
Nossa (minha e da Karina), última noite em Amsterdam, fomos a Lads Plein, praça repleta de pubs, sentamos os seis em um pub para nossa despedida depois de 8 dias juntos. Hoje, eu e Karina seguimos para Groningem, acompanhem no próximo post. Leandro,Lígia, Gabi e João, ficaram em Amsterdam e seguirão para Londres. Foi uma noite muito divertida e animada, a ponto do Leandro tomar uma dura de um Holandes bêbado, por que ele estava falando alto. Voltamos para o hotel de bike-taxi, três em cada um, esses gemeram.
Karina na Museum plein.
Voltando de bike-taxi para o hotel.

Lígia subindo nas tamancas.

João e Gabi nos moinhos de Zaanze Schans


Eu e Karina em frente ao belo campo com ovelhas em Markem

Gabi nos simpáticos jardins de Marken



Diamantes no museu.


Moinho, campos verdes e ovelhas, cenário ideal.

Queijos de Henri Willig

Volendam a agradével vila de pescadores.


Entardecer no lago Ijselmeer

Karina com Ortencias em Marken

Noite de despedida Amsterdam.

Voltando para o hotel, mais bike-taxi.

Karina pedalando pela Holanda.
Nossa estada em Amsterdam foi excelente e nossa companhia não poderia ter sido melhor. Agora a partir de amanhã começamos na Holanda a visitar fazendas, hard work.

1 comentários:

Dedi disse...

Olá viajantes!!bOM dIA!!qUE MARAVILHA !!aDOREI A hOLANDA!mUITO LEGAL MESMO..BJS DA tIA dEDI

Postar um comentário