De Brugge a Ostend um tour pela região de flandres (08/10/10).

Depois da ultima noite, até que nem foi tão difícil de acordar. Gostamos tanto da cidade que de manhã ficamos decidindo nosso destino dos próximos dias.  Depois de tomada a decisão, tentamos relembrar as dicas de nossos amigos belgas da noite passada. Pensamos, vimos os rabiscos e os alfarrábios sobre os mapas e pé na estrada. Como ficaríamos em Brugge até domingo, fomos para as cidades da redondeza aproveitar esse último dia com o carro. Seguimos para Damme, um vilarejo próximo, que já foi um dos mais importantes portos do país. Embora não seja litorâneo os canais permitiam que as embarcações chegassem até ali. Depois seguimos para Knokke, agora sim já no litoral belga. Esse destino nos foi indicado por nossos amigos que nos disseram que era muito bonito. Partimos e viajamos cerca de 20 Km para chegar até lá. O curioso que aqui para chegar ao litoral, não há serra, montanhas, morros ou algum acidente geográfico que separe o continente das cidades litorâneas. Aqui como na Holanda o relevo é totalmente plano. Fomos seguindo nosso “guia” portuga (GPS), que de vez em quando nos fazias dar umas voltas de quarteirão sem necessidade. Chegar até a cidade foi fácil, mais difícil foi encontrar a praia. Muito rodamos e andamos em círculos e quase que mandei o portuga, para trás dos montes, enfim, vimos o mar. Um estaleiro, um porto cheio de navios mercantes atracados. Quase desanimamos, mas seguindo o preceito de onde tem fumaça tem fogo, onde tem mar tem praia, fomos procurar. Logo encontramos, uma praia deserta com pouquíssima gente caminhando e um cavaleiro galopando um cavalo negro perto da arrebentação das águas do mar do norte. Estávamos longe da água, mas fomos incapazes de nos manter distantes e não tocá-la e sentir a temperatura dessa parte do Atlântico, tão distantes ao que conhecemos. Nesta praia o banho era proibido, mas mesmo se não fosse acredito que seria impossível alguém suportar banhar se com água tão fria. Fomos buscar locais mais movimentados, e logo encontramos um balneário em Blankenberge, com uma rua a beira mar lotada de pequenos bares e restaurantes. O movimento de pessoas ali era grande embora oficialmente o verão daqui já tenha acabado. Demos uma volta pela orla, passeamos pelo calçadão, sentindo o vento frio soprado do mar. A vista é muito bonita, a areia branca, o mar calmo, com pequenas ondas e totalmente ausente de banhistas, alguns se aventurando a tomar Sol, outros apenas descansando longe da água. Depois de um breve passeio, nosso destino seria Ostend. Cidade litorânea muito procuradas pelas celebridades belgas. E claro, que nós as celebridades, deste blog, não poderíamos deixar de conferir, a maior cidade da costa belga banhada pelo mar do norte. Não reconhecemos nenhuma celebridade local, embora o único belga famoso que eu conheço, é o Van Damme.  Entramos na cidade e tentamos encontrar a praia, até que encontrá-la não foi difícil o pior foi estacionar o carro. Depois de mais de meia hora (sem exageros) e muitas idas e vindas, voltas de quarteirão, conseguimos estacionar o carro. Descemos fomos até a beira mar. A rua beira mar é um calçadão, onde é proibido a circulação de carros, exceto os de serviços.  Os freqüentadores na grande maioria de terceira idade, ficam a vontade nos inúmeros cafés e restaurantes e também sentados se aquecendo ao Sol, em cadeiras de praia observando de longe o mar e as pessoas que caminham na areia. Foi muito interessante conhecermos o litoral de maneira tão diferente a que temos no Brasil.

Voltamos então para Brugge, devolvemos o carro, deixamos as coisas no hotel e fomos caminhar pela cidade. Estávamos no fim da tarde, caminhamos pela cidade, ainda não havíamos almoçado e sentamos num restaurante próximos ao lago do amor, para experimentar os tradicionais mexilhões, uma das especialidades da região.  O prato realmente surpreende os mexilhões são saborosos e complementados pelas cervejas locais são uma atração imperdível. Continuamos a passear pelas ruas enquanto a noite caia. A cidade ia se apagando e os postes se acendendo trazendo de novo os ares medievais. Caminhamos na penumbra das ruas da cidade por varias horas. Conferindo locais que pudessem ser visitados no próximo dia. Mais no final de noite fomos procurar um restaurante, por acaso estávamos passando na frente de um que estava escrito: “Aqui temos mais de 400 tipos de cerveja”, o local se chamava Cambrinus, o rei da cerveja, celebrado até hoje em canções estudantis européias . Não tivemos duvidas entramos, e que boa surpresa, o ambiente agradável, embora estivesse totalmente lotado e não havia mesa para sentarmos. Esperamos por alguns instantes no bar e pedimos as cervejas tradicionais. Antes mesmo que acabasse o primeiro copo já estávamos sentados em uma mesa. Pedimos outras cervejas do país e nossos pratos. Para nosso maior deleite, não só a cerveja era boa, mas os pratos também sensacionais. O meu um cordeiro ao molho de cerveja trapista e o da Karina, coelho com molho de cerveja Cambrinus, produzida no próprio local. Um final de noite apoteótico para um dia incrível.

Karina, em frente a um canal em Dammes.

Testando a temperatura da água, roupa propícia para um banho de mar.

Relaxando na King Beach em Blankenberge

Um pouco de Sol em Ostend, coisa de celebridades.

Torre da Igreja de Nossa Senhora em Brugges, ao cair da tarde.

Panela de mexilhões, especialidade da região.

Final da noite na fonte da praça central em Brugge.