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Lá vamos nóis pros Países Baixos. (02/10/10)

Queridos seguidores, dei uma atrasada nos posts. E já recebemos até reclamações por isso, mas já estou atualizado e pretendo até hoje a noite estar em dia. Aqui segue como foi nossa viajem Paris-Amsterdam e o nosso primeiro dia em terras holandesas. Espero que se divirtam.
Acordamos muito cedo, às 6:45 já estavamos esperando o nosso transfer para a estação de trem. Fizemos o check out, com a mulher que ficava na recepção a noite. Pela aperência e mau humor, acredito que ela tivesse sido babá de Napoleão. Chegamos a estação norte de Paris, chovia e ainda faltava uma hora para o trem, fomos tomar café. Quando me surpreendo, fui abordado pela policia parisiense. Me perguntaram porque eu portava um canivete em meu bolso. Depois de algumas explicações, as conferências de documentos e tudo bem. Ah, tive que guardar o canivete na mala. Mas no final estavamos todos rindo da situação. Embarcamos, primeira classe, num trem de alta velocidade deixamos Paris, pontualmente às 8:25, fomos percorrendo os campos franceses e notávamos (quem estava acordado) a lenta mudança de aparência dos campos e da arquitetura dos pequenos vilarejos que viamos ao longe. Uma parada rápida, menos de 5 minutos na estação de Bruxelas, que apenas deu para ver as torres de um par de igrejas. Depois de mais um trecho a mais de 300km/h. Chegamos, pasmem, pontualmente às 11:30 hora bem prevista. Chegamos a Amsterdam, Sol, bem diferente da chuva que esperavamos ou do clima "holandes" de dias nublados. Tomamos um taxi, a loucura da cidade já era evidente, o taxista lotou o carro com 6 pessoas era uma mini van até aí tudo bem, o problema foram as malas, ele foi colocando uma atrás da outra e claro, o porta malas não fechou. Pensamos:  Vamos tomar outro taxi, eis que ouvimos No problem!!!! O que como assim, sem problemas, e fomos com o porta malas aberto todos rindo, e um pouco temerosos com o pssível destino de nossas malas. Abriiiiiiiiuuuuuuuuu!!! Claro não podia ser diferente e o louco do taxista não queria nem parar para encostar a porta do bagageiro.  Certamente a noite anterior deve ter sido alucinante para esse taxista. No trajeto já percebemos o clima da cidade, discontraido o pessoal alegre, extrovertido. Chegamos ao hotel, deixamos nossas malas no saguão, pois o check in seria somente as 15hrs. Primeiro passeio de barco pelos canais da cidade que surgiu no século XII, originária da formação de um dick (dam em holandês), no rio Amstel. Com o passar dos anos a pequena vila de pescadores, foi se tornando um importante centro financeiro e comercial, principalmente pelos diamantes. Atualmente é a capital financeira e cultural do país e também conhecida pelo seu liberalismo. Conhecemos Amsterdam pelos seus canais, agora era hora de andar e lá fomos nós. Primeira parada casa de Anne Frank, fomos caminhando lentamente pelas ruas da cidade, paramos em uma conveniência e já experimentamos os famosos stroopwafers, um biscoito wafer redondo, recheado com caramelo, não dá para descrever o tanto que é bom. Mas um pouce de caminhada e encontramos as famosas barracas de rua que vendem arenque. Peixe muito comum pela região é um dos produtos que pode se dizer típico dos países baixos. Paramos e compramos, eu e o João, logo atacamos um dentro do pão, depois outro cru com cebolas e picles. A Karina preferiu frito. Mas todos gostamos, o sabor é de um defumado leve, embora ele seja cru. Gostei muito e comeria outras vezes certamente. Seguimos, mas antes devo colocar um detalhe a mais da cidade, impossível de imaginar Amsterdam, sem bicicletas. Impressionante, a quantidade do meio de transporte por aqui. Gente de todas as idades, de 8 a 80 anos, pelas ruas a pedalar e se você pisar na ciclovia, logo escutas um "triiiiim, triiiim" são elas, pule fora se não eles te atropelam e foi o que quase aconteceu com a Karina, várias  vezes. Caminhamos por um bairro bonito, com muita gente pelas ruas, era sábado e o clima era agradável. A maioria das calçadas são estreitas e quando se encontra uma larga se divide espaço entre pedestres, carros e motos estacionados e claro, milhares de bicicletas amarradas como dá e onde dá. 
Para entrar na casa de Anne Frank, uma pequena fila, mas rápidamente entramos e quando começamos a conversar sobre o assunto o clima já foi ficando diferente, a alegria, dava lentamente lugar a angústia. No piso térreo onde funcionava a fábrica de doces de Otto Frank, pai de Anne, lê-se trechos do diário da menina, afixados na parede. As frases transmitem medo, pavor e também esperança pelos dias melhores que não vieram, para ela. Ao andar pela casa o segundo piso, subindo por escadas estreitas, muito comuns na cidade. Chegamos ao que era um escritório e era ali também que as pessoas preparavam, na surdina, os suprimentos para a família que ficava no último piso. Escondida atrás de uma estante ficava a passagem secreta que dava acesso aos cômodos do esconderijo, onde os Frank viveram por dois anos. Atualmente todos vazios a pedido de Otto, o clima dentro do museu é angustiante. Os visitantes visívelmente abalados, muitos assustados, as histórias e o local transmitem um pouco do clima vivido na época. A perseguição, intolêrancia, medo, pavor e mesmo com tudo isso as palavras de esperança escritos por uma menina de 12 anos. Conhecer o museu vale a pena, a sensação não é nada semelhante ao de outros onde se contempla obras de arte, nos leva a uma imensa reflexão sobre nossos pensamentos e atitudes. Na saída era visível no semblante de cada um o estado de choque com essa visita a um passado negro e recente de nossa história.  
Voltamos para o hotel agora, já com chuva, descansamos e partimos para e Red Light.
Uma das ruas famosas de Amsterdam, símbolo da noite da cidade. Na área é permitida a prostituição e por isso virou atração turística, na rua se vê pessoas de todas as idades curiosas para ver as mulheres em trajes mínimos expostas nas janelas. Embora seja turística não é permitido tirar fotos das mulheres, com risco de ser enxotado do lugar pelos seguranças das casas. A área também é servida por uma leve “brisa” vinda dos coffeshops onde é permitido o uso da maconha. Embora nas ruas não seja liberado o uso, também se vê pessoas fumando esse cigarro alternativo.
Entramos em um restaurante na praça dam, onde foi feito o primeiro dique da cidade, digamos que ali seja uma espécie de marco zero da cidade. Aqui a bebida é a cerveja, de muitos tipos diferentes. O prato que foi o sucesso da noite foi o carré de cordeiro que comemos eu, Karina, Leandro e João Paulo. Realmente o cordeiro holandês é delicioso. Cervejas, tomamos algumas, escuras, claras, brancas (de trigo, é assim que eles chamam esse tipo). Foram alguns copos, e claro sempre com moderação.
Começando o dia, confundido com terrorista internacional.


Passeio de barco pelos canais de Amsterdam.
Karina ao final do passeio.

Gabi em frente a uma loja de queijos, são tradicionais na região.

Leandro e Lígia sobre uma das centenas de pontes da cidade.

Caindo noite adentro, mundo afora.

Carré de cordeiro, simplesmente excelente.

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